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Quer explicar política e igualdade para seu filho? Literatura ajuda!


Muitas vezes nos enrolamos para responder às crianças aquelas perguntas cabeludas, como “de onde eu nasci?” e “o que é política?”, ou explicar assuntos importantes como igualdade de gênero, racismo e até mesmo porque elas têm amiguinhos com duas mães, dois pais ou que dizem que nasceram do coração e não da barriga.

Calma, não há motivos para se desesperar. “Os pais costumam ir muito além do que o filho perguntou. Não sabem muito bem como responder à questão e aí acabam fantasiando ou se esquecendo que ele é novo para certos tipos de explicação”, diz Cynthia Wood, psicóloga da clínica Crescendo e Acontecendo, em São Paulo.

Se você também não encontra a melhor forma de falar sobre esse assuntos com seu filho, saiba que há sempre um livro esperando por ele. “As publicações infantis são pensadas para determinada faixa etária. Ou seja, elas passam o ensinamento para a criança, sem deixar de respeitar a idade dela”, esclarece Cynthia. Mas atenção: leia sempre o livro antes e, caso você não goste, pense se é pela abordagem — aí o melhor a fazer é escolher outro — ou pelo tema. No caso da segunda opção, lembre-se de que você pode acabar criando um tabu dentro de casa, o que poderá refletir em traumas ou até mesmo preconceitos por parte do seu filho, alerta a psicóloga.

Confira nossa lista de títulos que tratam sobre assuntos importantes — e bastante atuais — de um jeito gostoso e humanitário. Não vai faltar leitura!

  1. A PARTIR DOS 10 ANOS A Princesa e a costureira O livro conta a história da princesa Cíntia, que quando nasceu foi prometida em casamento para Febo, o príncipe do reino vizinho, para que se mantivessem os laços de amizade entre os reinos. Quando chegou a época da cerimônia, a princesa foi encomendar seu vestido e, então, conheceu a costureira Isthar, por quem se apaixonou. Quando Cíntia anunciou para os pais suas intenções com Ishtar e disse que não mais se casaria com Febo, seu pai mandou que a prendessem na torre do castelo, pois desafiou o interesse e a tradição dos reinos, que dizia que moças deveriam se casar com rapazes. Para garantir um final feliz, a princesa e a costureira receberão ajuda da irmã da princesa, do próprio príncipe, da Fada Madrinha e de uma Agulha Mágica. O livro pretende auxiliar famílias e escolas, tanto na discussão sobre a diversidade humana como sobre a luta mais ampla pelos direitos das pessoas LGBT.

  2. DE 5 A 8 ANOS O Mundo no Black Power de Tayó Tayó é uma menina negra que tem orgulho do cabelo crespo com penteado black power, enfeitando-o das mais diversas formas. A autora apresenta uma personagem cheia de autoestima, capaz de enfrentar as agressões dos colegas de classe, que dizem que seu cabelo é 'ruim'. Mas como pode ser ruim um cabelo 'fofo, lindo e cheiroso'? 'Vocês estão com dor de cotovelo porque não podem carregar o mundo nos cabelos', responde a garota para os colegas. Com essa narrativa, a autora transforma o enorme cabelo crespo de Tayó numa metáfora para a riqueza cultural de um povo e para a riqueza da imaginação de uma menina sadia.

  3. DE 6 A 8 ANOS Ceci tem pipi? No começo, era tudo muito simples para Max: havia o pessoal Com-pipi e o pessoal Sem-pipi. Era assim desde que o mundo era mundo. OS primeiros eram mais fortes, claro, pois tinham pipi. E MAx, que tinha pipi, estava muito contente por ser um cara Com-pipi. AZar das meninas, não era culpa dele que elas não tinham "uma certa coisa". Um belo dia na escola, porém, uma garotinha chamada Ceci vai para a turma de Max. COmo ela é uma Sem-pipi, Max não dá muita bola para Ceci. ELa que vá brincar de boneca ou desenhar florzinhas, ele pensa. Mas aos poucos a menina vai deixando Max intrigado: Ceci desenha um mamute, joga bola e tem uma bicicleta de garoto. SErá que Ceci é diferente porque tem pipi? Max decide investigar. Ceci tem pipi? é uma historinha divertida sobre a descoberta das diferenças e das semelhanças entre meninos e meninas, com ilustrações coloridas e bem-humoradas.

  4. A PARTIR DE 7 ANOS Um outro país para Azzi Azzi e seus pais correm perigo. E por isso precisam fugir às pressas, deixando para trás sua casa, seus parentes, seus amigos, suas profissões e sua cultura. Ao embarcarem rumo a um país desconhecido, levam, além da pouca bagagem, a esperança de uma vida mais segura. 'Um outro país para Azzi', uma narrativa ilustrada na forma de quadrinhos, pretende convidar o leitor a imaginar o que é ser uma criança refugiada.

  5. DE 6 A 8 ANOS Olívia tem dois papais Olívia é uma menina esperta, que sabe bem o que quer e tem plena noção de como usar algumas palavras para conseguir o que deseja. QUando tem de ficar sozinha enquanto os pais trabalham, ela diz que está muito "entediada". COmo não gosta de ver a filha "entediada", papai Raul para imediatamente de trabalhar e, quando percebe, já está deitado no chão ao lado dela, brincando de filhinho e mamãe, ou cercado por um monte de bonecas. Para chamar a atenção de seu pai Luís, Olívia fala que está "desfalecendo", afinal de contas, desfalecer de fome é uma coisa muito séria, e Luís é o melhor cozinheiro da família. "Intrigante" é outra palavra de que Olívia gosta muito, isso porque todas as coisas do mundo são muito intrigantes para ela. OLívia quer saber, por exemplo, como seu papai Raul sabe brincar de boneca e seu papai Luís cozinha tão bem. Quer saber também como vai aprender a usar maquiagem e sapatos de salto alto, se na casa dela não mora nenhuma mulher. A família da Olívia é um pouco diferente, e totalmente "encantadora", outra palavra que ela adora usar.

  6. DE 8 A 10 ANOS A ditadura é assim. O cotidiano de um emburrado Ditador ilustra como funciona a sociedade dentro de um regime autoritário.

  7. DE 8 A 11 ANOS Mamãe, como eu nasci? Esta obra de Marcos Ribeiro oferece a oportunidade às famílias e aos professores de informar divertindo, utilizando o lúdico da comunicação. Essa forma, necessária ao desenvolvimento saudável da sexualidade de crianças e adolescentes, procura atender à curiosidade natural da garotada, ao mesmo tempo em que fortalece os vínculos entre pais e filhos.

  8. DE 6 A 10 ANOS É tudo família! De vez em quando, Lucas briga com a irmã Elisa. Júlia não tem irmãos, mas tem tudo em dobro. Davi tem um três-quartos-de-pai que ele adora. Carla e Maurício têm duas mães e dois pais. Carolina está muito triste e não quer ter outra mãe. Paula ganha duas festas por ano- a de aniversário e a de dia da chegada. O pai de Maurício chama-o de pituquinho. Lucinha tem a voz igualzinha à da mãe. Porém, todos têm algo em comum- pertencem a uma família, e toda família é única!

Resenhas Livraria Cultura www.livrariacultura.com.br

Artigo publicado no Portal do Jornal Metro. Veja o original aqui.

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