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Apenas 12% dos pais se envolvem na rotina escolar dos filhos


O estudo envolveu 2.002 pais e responsáveis de alunos de 4 a 17 anos (Foto: Divulgação)

É o que apontou a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), divulgada no fim do ano passado, e encomendada pela ONG Todos pela Educação. O estudo mostrou que apenas 12% dos pais são comprometidos com a rotina escolar dos filhos. O estudo envolveu 2.002 pais ou responsáveis de alunos de 4 a 17 anos, matriculados da educação infantil ao ensino médio, em instituições públicas e particulares de todas as regiões do país. Os dados apontaram ainda que 86% se informam sobre a proposta de ensino da escola, 98% observam as faltas, 91% respeitam a opinião das crianças e dos jovens, 79% mantêm contato com a escola sobre o desenvolvimento do aluno, 100% gostam dos momentos em família e 99% acreditam que há uma relação de respeito entre seus membros. Para a psicopedagoga Cynthia Wood Passianotto, geralmente, os pais não se dedicam as tarefas do filho na escola devido o corre-corre do dia a dia. “Muitas vezes, por causa de uma carga de horário de trabalho muito grande e o trânsito para ir e voltar, os pais acabam chegando em casa exaustos e se desligando das afazeres escolares dos filhos. O que pode prejudicar bastante a criança no fim do ano letivo, pois quando o pai percebe esse risco e busca por um professor particular para salvar o ano, todo o conteúdo acaba ficando defasado”, afirma. A especialista conta que quando os pais acompanham os filhos eles já sabem o que está acontecendo. “Quando existe essa participação, os pais sabem onde o estudante está falho e o que eles podem fazer para ajudar. Se será necessário o auxílio de um professor particular ou mais atenção por parte da criança. Esse acompanhamento com certeza interfere diretamente no desenvolvimento educacional, independente de escola pública ou particular. O importante é um bom vínculo de pais e escola”, conta. Cynthia explica que muitas vezes, quando o pai está próximo da criança e escola, ele consegue relatar se a criança está passando alguma dificuldade em casa. “Filhos que estão enfrentando a separação dos pais ou um luto na família, consequentemente começam a ir mal à escola. Se o pai tem esse vínculo, a escola pode intervir sabendo que existe um problema emocional. Por isso, a tradicional conversa com os professores é importante. A maioria das escolas hoje em dia usa recursos digitais e aproximam os pais por meio dos portais para que eles saibam o que está acontecendo dentro da escola”. A psicopedagoga ressalta que algumas crianças sabem que tem o dever de casa e não querendo fazê-lo acabam o escondendo. “Os sites da escola tem colaborado para o monitoramento dos pais em relação a essas atividades. Mas, se tratando de reuniões existem muitos colégios que as marcam em horários noturnos ou em momentos flexíveis para facilitar a presença dos pais”. Fique de olho Segundo Cynthia, a supervisão na hora do dever de casa é uma forma de monitorar se a criança consegue fazê-lo sozinha, porque existem muitos pais que acabam fazendo as lições para os filhos. “Alguns pais acabam desmotivando a criança falando ‘Você não vai conseguir’, ‘Você não desenha tão bem, vou fazer para você’”. Mas, não deve ser feito assim, pois isso impede que ela consiga atingir o conhecimento. O ideal é auxiliar e não fazer. “Vejo muitos pais que apagam o caderno do filho até rasgar, porque eles querem que fique extremamente perfeito, mas é necessário que o professor veja esse erro. Só assim, o educador vai entender que o aluno não compreendeu bem a matéria”, explica. Ela acrescenta ainda que, se o pai faz ou refaz, o professor não vai saber que a criança tem dúvida e chega na hora da prova o pai não está lá para ajudar . “Antigamente, os pais não olhavam os deveres e, hoje, em dia esse hábito vêm crescendo. É uma questão de conscientização. Se o pai conversa e é presente é mais fácil do filho reconhecer apoio e incentivo”, garante. A monitora de crianças Priscilla Helen Souza Coelho, 24, conta que sempre observou a necessidade de acompanhar o que acontece dentro da escola. “Eu trabalho com crianças e vejo isso. Sempre procuro participar das reuniões e conferir os recados que o colégio manda. Apesar da minha filha ainda está na creche, ela já recebe atividades para fazer em casa”, explica. Para ela, acompanhar os filhos é ver a evolução e o aprendizado de perto. “É importante está próximo e ficar a pá de tudo o que está acontecendo com as nossas crianças dentro e fora de casa. Sem dúvida é um incentivo a mais. Entendo que acompanhar a minha filha é necessário, principalmente por trabalhar na área”, salienta. Veja a matéria publicada aqui.

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