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De que maneira a internet influencia a vida familiar


A relação internet x vida pessoal está cada dia mais estreita. Hoje algumas famílias dependem desse meio para manter uma relação com os filhos que moram longe, por exemplo, para estudar. Mas, até que ponto pode-se tirar bom aproveitamento dessas situações? Real x Virtual A psicóloga e psicopedagoga Cynthia Wood acredita que a relação foi afetada pela diminuição do tempo em que as famílias passam juntas. “As formas de entretenimento e a criação de novos espaços consomem o tempo que antes era passado com a família”, explica. Pais devem limitar o uso da internet? A psicóloga explica que não se deve restringir o tempo na internet se não forem apresentadas alternativas de interação familiar. “O ideal é que os pais conversem sempre sobre a importância da vida real sem tirar os benefícios que a internet oferece.” Elaine concorda com a psicóloga, pois diz que para ela é fácil lidar com o tempo que as filhas passam na internet. E quando sente que estão exagerando? “Primeiro eu chamo a atenção para o tempo em que estão conectadas, se não me obedecem desligo o aparelho e chamo para uma conversa sobre a importância do relacionamento real”, diz. Privacidade dos filhos e interação Um dos maiores riscos ressaltados por Cynthia é o da relação familiar não conseguir se adaptar à nova realidade da internet. A psicóloga alerta para que a privacidade da família seja mantida e que os pais tenham discrição. Qualquer tipo de repreensão deverá ser feita pessoalmente, para não envergonhar os filhos na rede. “Os pais ficam lendo a rede social na tentativa de pegar qualquer movimentação suspeita”, acredita a caçula Vivian. A psicóloga ressalta que a internet e as redes sociais são uma forma de os pais estarem próximos dos filhos e de conhecerem um pouco mais sobre suas vidas e gostos, sempre respeitando limites e de uma forma saudável. “Quando isso não é feito de forma saudável, os adolescentes tendem a migrar de uma rede social para outra“, alerta. Elaine, que privilegia a comunicação verbal com as filhas, diz que também se beneficia dessa nova forma de interação. “A relação entre nós se estendeu por 24 horas, posso contatá-las a qualquer momento, porém antes de entrarem nesse mundo, avisei sobre os perigos e benefícios que a internet traz". Proximidade Com a internet, no entanto, muitos pais e filhos acabaram criando um distanciamento e usando as redes sociais como única forma de comunicação. Nesses casos as relações tendem a se tornarem superficiais. Segundo a Cynthia, isso não se restringe apenas ao convívio familiar, mas afeta todas as relações que tenham se submetido a essas formas de comunicação. “Sabendo utilizar os recursos e respeitando a individualidade dos filhos é possível usar a internet como uma ferramenta de estreitamento dos laços familiares. Ela pode ser uma amiga e não uma inimiga”, explica a Dra. Para pais que tenham se distanciado de forma drástica dos filhos, a psicóloga recomenda viagens e passeios familiares. Essas medidas criam abertura e estabelecem outro canal de comunicação. “Conheça os amigos do seu filho e procure saber tudo sobre o seu meio cultural e seus gostos”, aconselha. Elaine conclui que saber balancear entre os dois mundos, real e virtual, é o ideal. Para ela, a comunicação virtual é divertida e pode ser usada como uma aliada no cuidado com os filhos. Como sempre manteve com as filhas uma relação aberta, o mundo virtual não moldou o vínculo familiar. “Conseguimos criar uma relação de cumplicidade dentro e fora da internet”, finaliza a filha Gabriele.

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