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​Que mudanças são efetivas ? e necessárias - no ensino nas escolas?

​No segundo semestre do ano passado, o presidente Michel Temer divulgou o texto que estabelece mudanças no Ensino Médio. A reforma, considerada a maior alteração desde a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 1996, veio como Medida Provisória (MP), ou seja, tem força de lei e passou a valer a partir do momento de sua publicação.

De acordo com o governo, a urgência foi necessária por conta dos maus resultados obtidos pelos estudantes no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que avalia a qualidade do ensino no país. Desde então, o modelo atual de ensino e as mudanças necessárias nele voltaram a ser centro do debate sobre a educação.

Segundo Luciana Barros de Almeida, presidente nacional da http://www.abpp.com.br/ Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), uma mudança possível para as escolas é inovar, rompendo com paradigmas anteriores e criando espaços dinâmicos em que haja constante interação do sujeito com o objeto de conhecimento.

"A aprendizagem em grupo é um elemento que a escola pode usar para isso, abrindo mão da sala de aula enfileirada e silenciosa", sugere Luciana. "Assim, é possível deixar que o aluno traga suas experiências, adequando-as àquilo que precisa ser ensinado, e superar a concepção de que ensinar é apenas transmitir conteúdos".

Vale ressaltar que a escola pode fazer isso sem abrir mão da autoridade que precisa exercer sobre o aluno para o que o respeito ao outro vigore no espaço coletivo. A tecnologia é outra ferramenta que pode servir como um recurso para o processo de ensino e aprendizado, uma vez que ela tem seus benefícios. "O importante é que ela não se torne o único recurso de aprendizagem, podendo ser usada quando o professor achar necessário", adverte Luciana.

Para fazer com que o aluno aprenda e desenvolva suas capacidades, é fundamental que os pais propiciem um ambiente saudável em casa. "A criança aprende muito mais pelas atitudes que por aquilo que lhe é dito, então mais importante do que o que dizemos a ela é como agimos diante dela", afirma a psicopedagoga Cynthia Wood, da clínica Crescendo e Acontecendo. Para Cynthia, de nada adianta ensinar conteúdos se antes não for ensinado a relação com o outro. "Aprendendo a se relacionar, o aluno simultaneamente se relaciona com o conhecimento, inclusive com a sistematização de conteúdos", explica. "É preciso transformar o conhecimento acumulado em pequenas ações cotidianas que geram mudanças".

Esta problemática se reflete no foco que muitas escolas dão aos vestibulares e ao Enem. "Mais importante do que estar preparado para o vestibular é a formação de valores, que sustenta o que somos", afirma Luciana Barros de Almeisa. "Essas aprendizagens acontecem antes da escola, com a família, por isso é importante ter uma aliança saudável entre escola e família".De acordo com a presidente da ABPp Nacional, aprender tem a ver com hábito. "Se os hábitos forem devidamente assimilados em casa e na escola, haverá aprendizagem".

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