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Baby blues



​A expectativa sobre amaternidade quase nunca corresponde à realidade. O início é difícil, cheio de dúvidas, desafios, responsabilidades. São poucas horas de sono para muitas tarefas, todas desconhecidas. E aquele amor louco que toda mãe espera sentir imediatamente ao bater os olhos no filho nem sempre acontece, o que pode ser bastante frustrante. Junte a isso as bruscas alterações hormonais sofridas pela mulher nos primeiros dias do puerpério e você terá a receita do baby blues, uma mistura de tristeza, melancolia e alterações de humor que acomete cerca de 70% das mães no pós-parto, segundo a American Pregnancy Association. “O baby blues é uma situação normal e esperada, e dura cerca de duas semanas”, afirma a psicóloga Cynthia Wood, da Clínica Crescendo e Acontecendo. E o primeiro passo para melhorar é admitir a tristeza. “As mães não devem esconder o que sentem, inclusive a culpa, que é bastante presente e pode ser confundida com depressão”, explica Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, para quem o apoio dos familiares é fundamental para enfrentar o baby blues. Assim como Zlotnik, o psicólogo clínico Luciano Passianotto também indica recorrer às pessoas próximas para transpor esta fase. “As mães devem compreender a transitoriedade desse momento, buscar descansar e se alimentar bem, além de contar com as pessoas à sua volta, para expressar seus sentimentos e preocupações. E a família, principalmente o pai, deve ajudar a mãe nas tarefas da casa, nas refeições, limitar o número de visitantes, incentivá-la a descansar, elogiá-la e sempre ouvir suas preocupações e como está se sentindo”, aconselha Passianotto. Mas como saber se o que a mulher está sentindo é baby blues ou depressão pós-parto? Além do tempo de duração dos sintomas, existem outros sinais de alerta. “Quando estes sintomas são mais intensos e já persistem há pelo menos um mês, o ideal é procurar ajuda médica. Outra diferença entre blues puerperal e a depressão pós-parto é que, no blues, a mulher costuma ter momentos de muita alegria e satisfação também, não apenas tristeza”, explica Cynthia. O mais importante é saber que você não está sozinha nessa confusão de sentimentos e que isso também vai passar. Não se culpe, não sinta vergonha nem medo de compartilhar suas angústias com quem te ama. Neste momento, contar com o apoio do marido, dos amigos e dos familiares será fundamental para que tudo volte ao normal.


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