O vestibular deve ser uma preocupação na hora de escolher uma escola para o seu filho?
Muitos pais levam em conta o índice de alunos aprovados em exames como o ENEM ou em vestibulares de boas universidades. No entanto, esse assunto deve ser considerado bem mais tarde, segundo especialistas
Uma pergunta que não precisa estar na sua lista ao visitar escolas para educação infantil ou anos iniciais do ensino fundamental é sobre o vestibular. OK, muito provavelmente seu filho terá que prestar esse tipo de prova. Mas você só precisa se preocupar com isso lá na frente, no fim do segundo ciclo do fundamental ou mesmo no ensino médio. Antes disso, questões ligadas aos desenvolvimentos cognitivo, social e emocional são mais relevantes. “Os conteúdos que caem no vestibular são fugazes e basta um ano de bons estudos para conseguir passar nos exames. Mas, para isso, é preciso ter boa autoestima, saber pensar, procurar a informação, ler bem, escrever corretamente e ter criatividade. Para que um adolescente tenha todas essas habilidades e conhecimentos, ele precisa, na infância, brincar bastante, perguntar, ler, escrever, pensar, resolver problemas, inventar soluções”, diz Gisela. Se, na visita, o discurso já começa com a posição da escola no ranking do Enem ou o número de alunos aprovados no último vestibular, desconfie. “Muitas escolas têm hoje o vestibular como um número: qual porcentagem de alunos eu poderei vender como aprovados. É triste, mas muitos pais enxergam mais esses números do que seus próprios filhos, fazendo a conta valer a pena para as instituições”, lamenta a psicopedagoga Cynthia Wood, da clínica Crescendo e Acontecendo, de São Paulo (SP).
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